Cremos nas ilusões como cremos nos sonhos. Aliás somos feitos dessa matéria, voamos nas asas da criatividade e (re)construímos um mundo onde os dragões e as princesas coabitam e as paixões se desenvolvem.
E porque não!... Voar até onde a primavera se esbate, construir a nossa vida num campo de lírios imaginários e tecer longos mantos de algodão doce onde nos possamos aconchegar nos inóspitos dias de inverno.
Contudo, tudo tem um tempo… e um final. O despertar da quimera pode ser penoso e cruel quando a representação das palavras e das coisas reflecte uma realidade que não temos coragem de aceitar.
Mas não será a vida um misto de encantos e desencantos? Não é a sua inconstância que nos torna capazes de atribuir o justo valor aos pequenos momentos em que vivemos as realidades por nós tanto sonhadas?
O sonho e o real são parte de nós, cada um cumpre a sua função. Saber qual caminho escolher, no momento exacto, depende da nossa capacidade de aceitação do eu, do tu, do momento…
“Everything great that has ever happen to Humanity, since the beginning, has begun as a single thought in someone’s mind and if anyone of us is capable of such great thought then, all of us have the same capacity… because we’re all the same.”
(Yanni, Live at the Acropolis)